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terça-feira, 18 de junho de 2013

Desvantagem Brasileira

                      

Sem condições de concorrer com os importados, a indústria nacional praticamente parou de fabricar os chamados aparelhos portáteis, como ferros elétricos, aparelhos de barbear, torradeiras, panelas elétricas e cafeteiras. Os empresários que ainda insistem em produzir essa categoria de itens registram quantidades mínimas se comparadas com o que vem dos países asiáticos, especialmente da China. Um levantamento feito pela Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee) a pedido do GLOBO mostra que, de 2007 a 2010, as importações desses produtos cresceram 86%, passando de US$ 80,5 milhões para US$ 150 milhões.
Usando dados do IBGE e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a Abinee constatou que, em 2010, foram produzidos 448 mil aspiradores de pó no Brasil e importados 2,4 milhões de unidades. No mesmo ano, o país produziu 13,8 milhões de liquidificadores e espremedores de frutas e importou 73 milhões desses produtos. De aquecedores de ambiente, apenas 25 mil eram nacionais e um milhão importados. Secadores de cabelo (incluindo chapinhas) foram 3,7 milhões de produção local e 9 milhões de importados.
Essa situação perdura há anos, mas, se a alta contínua do dólar ante o real durar mais tempo, o consumidor brasileiro terá dificuldades para presentear, nas festas de fim de ano, parentes e amigos com aparelhos elétricos portáteis. Isso porque o encarecimento da moeda americana levará à redução das importações e, assim, esses produtos ficarão mais caros. E ainda escassos, devido à baixa produção nacional.
— A indústria brasileira não aproveitou o crescimento da renda da população. Boa parte do esforço de inclusão de pessoas no mercado de consumo no Brasil viabilizou a produção de outros países — lamentou o presidente da Abinee, Humberto Barbato.